Foto: Mauricio Barbosa (Arquivo/Diário)
Está marcada para a tarde da próxima segunda-feira (28), no Fórum de Santa Maria, uma nova audiência do caso que investiga o homicídio de Felipe Rita, que foi morto a facadas por Elson Dias Gonçalves, namorado da ex-companheira, Ariane Sangoi, em abril de 2023, no Bairro São João. Os réus devem ser ouvidos pela primeira vez, a partir das 16h15min, de forma virtual durante a sessão, que integra a fase de instrução do procedimento do Tribunal do Júri. A família da vítima organiza um protesto em frente ao Fórum para pedir justiça.
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Na época, Gonçalves alegou legítima defesa e afirmou que Rita havia invadido a casa de Ariane e ameaçado os dois. O réu responde por homicídio triplamente qualificado (emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e motivo torpe).
Já Ariane foi acusada pelo Ministério Público (MP), em 2023, por omissão de socorro e favorecimento pessoal. A denúncia não foi aceita pela Justiça na época, e o MP recorreu ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), onde o recurso foi aceito. Com isso, Ariane e Gonçalves figuram como réus.
Expectativa das defesas
Escritório Cipriani, Seligman de Menezes e Puerari Advogados, que atuam na defesa da família de Felipe Rita:
"Essa audiência é importante para que os réus sejam ouvidos e para que o juízo possa encerrar a primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri. Independentemente da versão que venham a apresentar em sua autodefesa, as imagens das câmeras de segurança da residência de Ariane demonstram, de forma clara e inequívoca, a sequência dos fatos que culminaram nesse assassinato covarde e cruel."
Cristiano Pretto, advogado de defesa de Ariane e Elson:
"Com relação ao posicionamento defensivo, os réus estão ansiosos para prestar depoimento e esclarecer à Justiça como os fatos se deram naquela noite. Tem diversas circunstâncias que não ficaram esclarecidas, mas que eles vão esclarecer nos depoimentos."
Relembre o caso
O crime aconteceu pouco depois das 2h de 24 de abril de 2023 na Rua Anaurelina Coden Portela, no Bairro São João, na região oeste de Santa Maria. Na época, foi registrado como o 26º homicídio daquele ano na cidade.
A ex-companheira da vítima morava na residência onde Felipe Rita foi morto. Eles estariam separados havia pelo menos dois meses, mas o ex-companheiro teria ido até a casa e, quando chegou no local, Ariane estava acompanhada de Elson Gonçalves, seu atual namorado.
Rita e Ariane teriam discutido, quando Gonçalves teria se envolvido na discussão e entrado em luta corporal com Rita no pátio da casa. A vítima foi golpeada com cerca de oito facadas. De acordo com câmeras de monitoramento do local, Ariane assistiu à cena, mas não interferiu para impedir as agressões contra o ex-companheiro.
Em entrevista do Diário na época, Ariane disse que a morte de Rita foi uma “fatalidade”, e que Gonçalves teria agido em legítima defesa. Ela informou que o ex-companheiro havia invadido a sua casa, durante a madrugada, e que teria ameaçado a ela e o namorado de morte. Leia a matéria aqui.
Em uma entrevista exclusiva ao Bei, também na época, William Moraes, irmão de Rita, disse que o maior desejo da família da vítima é que a verdade seja esclarecida. Leia a matéria neste link.
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